domingo, 7 de dezembro de 2008

Presente de Aniversário

Além de muitos beijos e abraços, ganhei uma poesia linda ..



Vc é tudo o que viveu
Tudo o que se lembra e o que já se esqueceu.
Uma mistura de água e terra
Segue aprendendo quando erra.
Vc é a roupa que escolhe para vestir
É todos os motivos que tem para sorrir.
Vc é, ainda, uma criança confusa
é o perfume que fica na blusa
é as pétalas e os espinhos das rosas
e mesmo assim não deixa de ser amorosa.
Vc é a cor vermelho-paixão
arde de amor e compaixão
dói a solidão no coração.
Vc é sensível
mistura do que é incrível e crível.
Tem uma carinha cansada,
muitas vezes é malcriada,
está sempre irritada,
mas é filha e irmã muito amada.
Menina criança
tem o sorriso da esperança.
É as alegrias que viveu,
É as dores que sofreu,
É a menina que cresceu,
A melhor que coisa que Deus nos deu.

sábado, 15 de novembro de 2008

Pulando amarelinha

Sempre fui muito fã de Renato Russo, colecionei seus discos, decorei suas músicas pois sempre me identifiquei com o que ele dizia.. Numas das várias entrevistas que assisti, ele disse que o que mais o incomodava no mundo era fato das pessoas se ignorarem, de simplesmente fingir que não enxergam os problemas e as tristezas alheias e seguirem com suas vidas normalmente sem se incomodar com a dor estampada nos rostos na rua. Eu achava que era diferente.. mas hoje eu percebo que eu sou muito pior.. Porque além de conviver com esses problemas sociais normalmente eu também ignoro os meus, ou finjo fazer isso. e com a chegada do fim ano, algo sempre problemático pra mim, isso vem a tona e passo a estampar uma cara de bunda indisfarçável porque a nuvem que cobre meus olhos para que eu não veja aquilo que eu não quero se dissipa e minha máscara cai. Pois é! Este é o segredo do meu sorriso! Ignorar meus próprios problemas. Fingir que eles não estão ali ou que eles não me fazem mal, deixar pra pensar nas soluções amanhã pra eu não me entristecer hoje.. Amanhã eu vejo o meu extrato bancário, amanhã eu falo com o meu chefe, amanhã eu vou ao médico, amanhã eu converso com ele, amanhã eu converso com ela.. amanhã.. amanhã.. porque hoje eu quero esquecer.. hoje eu quero o bom humor.. hoje eu quero sorrir.. Mas não adianta adiar! A vida sempre dá um jeito de te passar o laço e pegar.. De te dizer olha e vê! Aí começa aqueles papos.. "vc tem que ver o lado bom das coisas" - "vc tem que ver que existem pessoas com problemas maiores" - "Deixa de ser dramática e agradeça pelo que vc tem e faz" - "Isso vai passar, vai se resolver, basta vc acreditar".. Desculpem a todos! Mas essas coisas não me convencem.. me sinto numa rua sem saída onde o melhor que posso fazer e riscar uma amarelinha no chão e brincar pra passar o tempo, mas quando eu chego ao céu percebo que ainda continuo na rua sem saída.. então otimismo não tá dando pra ter..
Posso estar sendo dramática e até mesmo ridícula.. mas é de verdade.. é como me sinto.. permitam-me desanimar.. Eu vou sentar, chorar e chorar, mas chegará uma hora que vou pegar o giz, reforçar as linhas do desenho e voltar a pular amarelinha.. até eu chegar ao céu novamente já terão passado mais 12 meses..

"Por onde eu devo ir?
A vida vai seguir
Ninguém vai reparar
Aqui neste lugar
Eu acho que acabou
Mas vou cantar
Pra não cair
Fingindo ser alguém
Que vive assim de bem"

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A conseqüência

A principal causa de frustação na maioria das pessoas é achar que a felicidade é um prêmio que deve ser obrigatoriamente recebido de acordo com a quantidade de ajuda que se presta, com a quantidade de impostos que se paga, com a quantidade de bem que se deseja, com a quantidade de orações que se faz por dia, com a quantidade de velhinhos que se ajuda a atravessar a rua...
Sempre "quantidade", "quantidade", e "quantidade".
Pouquíssimas pessoas sabem que a felicidade é uma conseqüência. Conseqüência de como agimos, do que sentimos, de o que somos para nós e para os outros, de como vivemos, do que carregamos no peito, do que fazemos com o mundo.
Basicamente, a resposta para tudo na vida e para tudo da vida está em nós mesmos. É por isso que viver de uma forma feliz torna-se uma missão, e difícil, porque é fácil e cômodo procurar a resposta no outro, responsabilizar o outro pelo o que deu errado, olhar para o que está fora, querer receber do outro o que está faltando, esperar no outro.
Olhar para si não é uma tarefa para qualquer pessoa, precisa ter muita coragem e muito peito para isso. Olhar para dentro de si e sem máscaras e sem medo dói, assusta. Algumas vezes é uma grande descoberta, e em outras, péssima.
É comum não gostar do que se enxerga, é comum não admitir o que se vê, não admitir o que tem sido como pessoa e nunca se percebeu.
É preciso coragem para viver, para buscar a felicidade, para enxergar a própria verdade, aceitar os próprios erros e defeitos, aceitar sua verdadeira cara.
Felicidade é uma conseqüência muito difícil, mas também muito gostosa, e que vale MUITO a pena.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Cortando o mal

Um pouco de impiedade pode ser o bisturi que faz a diferença numa cirurgia em que um problema é extirpado.

(Autor: Desconhecido)

Merece nota 10

Numa prova de curso de Química foi feita esta pergunta:

- Qual a diferença entre SOLUÇÃO e DISSOLUÇÃO?

Resposta de um aluno:

- Colocar UM dos NOSSOS POLÍTICOS num TANQUE DE ÁCIDO para que se DISSOLVA é uma DISSOLUÇÃO. Colocar TODOS é uma SOLUÇÃO.

(Autor: Desconhecido)

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Falso entusiasmo

Estou farta de paixões súbitas, intensas, que não são necessariamente "amor".
Não quero confundir atrações instantâneas com amor,
e terminar vendo na outra pessoa coisas que não são necessariamente reais.
Chega de entusiasmo!
Não quero mais colorir os outros com mais beleza do que eles realmente têm...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Corações não-coloridos

Hoje, meu dia se resumiu a um lápis na mão direita a desenhar corações tortos e vazios,
e somente coloridos pelo cinza do grafite.
Desenhei corações "não-vermelhos", transpassados por flechas que não são as de um cupido.
Desenhei corações feridos, inflamados, que derramavam gotas de sangue cinza.
Desenhei corações. Vários. Em série. E automaticamente.
De tão cinza, me cansei deles, apaguei tudo com a borracha.
Não desenhei outros, nem cinzas, nem coloridos.
Alguém tem uma caixa de lápis de cor para me dar?

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Cansei

Cansei de macular a dignidade para preservar minha reputação.
De tantas máscaras, optei por ficar sem nenhuma.

(Autor: Acho que desconhecido)

quinta-feira, 31 de julho de 2008

ILUSÃO

Uma Ilusão.
Ilusão.
Uma,
Só uma.
Que não fira,
não engane,
somente atenue,
disfarce a dor.

terça-feira, 29 de julho de 2008

एम् desconstrução

Que confusão!
Penso repenso!
Meço, calculo e volto a pensar!
Arriscar a minha vida é fácil, mas e a dos outros?
Isso não deveria ser assim!!
Era pra vibrar! Emocionar! Empolgar!
Era pra ser mais fácil!
Será q me enganaram ou fui eu que me enganei?
Frustação..
Desconstruir o amor é muito ruim, mas pior ainda é desconstruir o
conceito de amor.
Será que vida é feita apenas de conveniências?
Será que é isso o que se chama de tranquilidade?
Eu buscava a plenitude..
Eu buscava a emoção.. sorriso largo.. aberto
Pés no chão e alma nas nuvens.. olhos brilhantes..
Eu buscava ser feliz...
Eu acreditava no amor..

-----------------------------
Conceito de amor:
do Lat. amore

s. m.,
viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;
inclinação da alma e do coração;
objecto da nossa afeição;
paixão;
afecto;
inclinação exclusiva;


ant.,
graça, mercê.
com -: com muito gosto, com zelo;
fazer -: ter relações sexuais;

loc. prep.,
por - de: por causa de;
por - de Deus: por caridade;
ter - à pele: ser prudente, não arriscar a vida;
- captativo:vd. amor possessivo;
- conjugal: amor pelo qual as pessoas se unem pelas leis do matrimónio;
- oblativo: amor dedicado a outrem;
- platónico: intensa afeição que não inclui sentimentos carnais;
- possessivo: amor que leva a subjugar e monopolizar a pessoa que se ama; o m. q. amor captativo.

EU VI

Eu vi uma mulher lutadora se curar de um câncer terrível,
e vi uma outra, triste e decepcionada, morrer com uma simples gripe.
Vi um rico andando entre os pobres como se fosse um deles, distribuía pão, carinho e fraternidade,
e vi um pobre miserável, esconder pão do próprio filho, guardando dinheiro no colchão apodrecido.
Vi uma pessoa se salvar depois de levar oito tiros, e entre a vida e a morte, lutar pela vida,
vi outra que apenas levou um tiro de raspão na perna e a perna gangrenou e ele morreu, infeliz com a possibilidade de viver em uma cadeira de rodas.
Eu vi um escriturário se dedicar aos estudos e ao trabalho, depois de anos de lutas, chegou ao cargo de Presidente,
e vi presidentes que de tão arrogantes foram demitidos e hoje não conseguem nem dirigir as suas próprias vidas.
Eu vi uma mulher, que não era bonita, ser cortejada por muitos homens, de tão simpática, escolheu o "melhor partido",
e vi outra lindíssima, mas com "gênio impossível", cheia de caprichos, nem ela se suportava, casou-se 8 vezes, morreu solteira.
Eu vi um religioso, que pregava coisas lindas, mas em casa era um tirano, a esposa suicidou-se,
os filhos drogaram-se e fugiram, e ele se perguntava: onde estava Deus?
Eu vi um homem do interior, semi-analfabeto, ensinar palavras de vida eterna, não sabia um versículo da Bíblia, mas a sua vida foi Evangelho Vivo, por onde andou semeou amor.
Por isso, Deus lhe concede hoje o dia que se abre em opções:
Sorrir ou chorar,
continuar ou parar,
agradecer ou lamentar,
conquistar ou perder,
aprender ou esquecer,
viver ou morrer.
Tudo poderá influenciar a sua decisão,
o meio social em que vive, os pais, os amigos, a religião e até a televisão,
mas é a você que compete a palavra final.
Todos podem opinar, pedir ou impor,
mas só você pode decidir o que quer ser, o que quer viver e o caminho que vai seguir.
A vida espera apenas um sim ou um não.

(Autor: Desconhecido)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O que eu posso dizer é...

Eu até que tento ficar boa, mas só consigo ficar mais ou menos.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Deixar Ser Pra Sempre

Qual a sensação de acordar no sol?
Qual a sensação de brilhar em todo mundo?
Qual a sensação de deixar ser pra sempre?
Qual a sensação de perder um pouco de tempo da vida pra sentar no telhado?
Grito sem sinfonia.
Qual a sensação de velejar pela brisa?
Qual a sensação de perder um pouco de tempo da vida pra sentar no telhado?
Grito sem sinfonia.
Qual a sensação de fazer acontecer?
Qual a sensação de respirar com tudo?
Qual a sensação de deixar ser pra sempre?
Qual a sensação de perder um pouco de tempo da vida pra sentar no telhado?
Grito sem sinfonia.
Qual a sensação de ser um Cristophe(!?)
Qual a sensação de perder um pouco de tempo da vida pra sentar no telhado?
Grito sem sinfonia.


(Música de: The Chemical Brothers / Tradução de Let Forever Be)

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Freud está certíssimo

Tenho que dar respostas novas às perguntas velhas.
Tenho que tomar atitudes novas diante de situações velhas.
Freud diz que "Tudo é neurose."
Tudo se repete, e se eu repetir a mesma posição diante de tudo, eu não mudo, não evoluo.
Devo estar em movimento sempre, a Terra gira, e duas vezes ao mesmo tempo. Por que eu não devo fazer a mesma coisa?
Mudar, movimentar, evoluir. Novos caminhos, novos rumos, nova vida.
Novas opiniões, novos conceitos. Sempre. A cada dia. E crescendo.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Como diria Mara Maravilha...

"...Não faz mal,
Eu tô carente, mas eu tô legal."

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Dúvida

Cansada!
Tão cansada...
Eu quero mudar! Mas tudo a minha volta diz que não!
Eu quero falar! Mas tenho medo que minhas palavras sejam má entendidas e se transformem em flexas disparadas...
Isto me envenena...
Afinal o que seria certo?
Falar ou calar? O silêncio não me responde...

terça-feira, 27 de maio de 2008

depois de algum tempo.. como estou hoje..

Já faz algum tempo que escrevi aqui e lembro que estava muito triste. Depois de deste tempo, posso dizer que algumas coisas mudaram... Eu ainda não me sinto feliz, mesmo diante de uma grande conquista. A frase de Claudel "Existe sempre algo de ausente que me atormenta", está me valendo muito... Mas tb não tenho comigo toda aquela carga negativa.. Consigo me divertir, sorrir com naturalidade, ter bom humor, brincar com as pessoas. O que ainda não consigo é olhar pro futuro com otimismo, pelo menos não referente aos meus sonho e tudo aquilo que não depende unicamente de mim realizar.. Me sinto como uma rato numa redoma, tentando fugir, correr, mudar. Batendo contra as paredes e voltando ao mesmo ponto, não consigo evoluir, mudar. Todos ao meu redor estão progredindo, mudando, expandindo, experimentando e eu continuo na mesma, com minhas asas cansadas, quebradas. Cansei! Assumi isto como meu destino! Tenho que aprender e me conformar.. o que não significa que meus dia serão ruins.. só não serão como queria..
Eu estou bem! Não estou triste! Estou apenas curando as feridas de tanto bater nas paredes.
As vezes me sinto suspensa, observando tudo de longe, do alto, suspirando, lamentando algumas coisas, se alegrando por outras e vivendo...

No momento...

Jovem demais para desistir; velha demais para jogar tudo para o alto.

sábado, 17 de maio de 2008

Parabéns a Xanda

Parabéns a Xanda pela conquista,
pelo sonho realizado,
pelo brinquedinho tão esperado.
Desejo que seja o primeiro entre muitos outros,
que esteja muito feliz,
por ter conseguido o que sempre quiz.
Hoje é mais uma vitória para contar,
outras experiências para adquirir,
mais um motivo para sorrir.

Concluindo

Há muito, eu ouço a seguinte frase:
- Ninguém é melhor que ninguém!
Nem sei dizer ao certo se essa frase está correta gramaticalmente, sintaticamente. Mas posso dizer que não concordo com ela.
Existem, sim, pessoas melhores que outras. Eu não sou a melhor do mundo, mas sou melhor que muita gente por aí.
Poderia relatar todos os motivos que me fizeram chegar a essa conclusão. Desde ter atitudes de uma cidadã exemplar até me considerar uma ótima cristã.
Mas o que realmente me faz pensar assim é o fato de que:

“COGITO, ERGO SUM”.

sábado, 10 de maio de 2008

Minha Xandinha

Xanda, ás vezes, você nem percebe, mas fico de longe olhando você.
Admirando tudo, cada gesto, cada frase, cada sorriso, caras e bocas, a cara feia que faz quando fica putinha...
Sinto orgulho por você ser melhor do que eu poderia imaginar.
Você é uma das pouquíssimas coisas boas que eu ajudei a criar.
E o que mais me orgulha disso tudo é que você carrega consigo quase nada da mamãe, muito pouco de mim e quase tudo de você mesma.
Você é linda!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

- Como vou hoje?

- Levando-se em conta o que fui ontem, hoje vou melhor do que nunca, e um pouco menos do que amanhã.
...
- Bem, porque adotei a filosofia do Super-homem: Para o alto e avante!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O Amanhã que virá

Cada vez mais gente fica questionando o que foi e onde erramos e perdemos o rumo e o controle da situação.
A pergunta manifesta o medo, o desencanto, o vazio que ficou diante de um mundo que parece um barco andando a deriva.
E os ventos, qualquer um, venham de onde vier, leva este nosso barco para onde quiser, independente da nossa vontade e do nosso querer.
Não é tão difícil assim encontrar algumas respostas, mesmo que isso pareça presunção.
Há 30 ou 40 anos nossos pais nos obrigavam a ir ao culto ou à missa, nossas igrejas exigiam o estudo do catecismo e cada um de nós foi obrigado a vencer as etapas até alcançar idade adulta e atingir maturidade. As igrejas ainda exigem a mesma coisa, mas hoje estão mais voltadas ao proselitismo (caça de novos fiéis, crescimento dos seus rebanhos) e quando a criança ou o jovem não vence a etapa com o aproveitamento necessário para avançar, também nada mais lhe acontece e tudo fica por isso mesmo.
Falar em 10 Mandamentos num momento destes é pregar no deserto. Ninguém quer ouvir regras e imposições, cada qual quer a sua liberdade como se os mandamentos fossem restrições a ela.
A vida moderna manda consumir e este é o mandamento maior. E todos querem se deixar levar pela onda do consumo, porque é assim que a sociedade as terá como pessoas certas e ajustadas.
Resposta para a perda do rumo da vida?
Ei-la: A perda das nossas referências.
Começa por aí e o resto é decorrência. Mesmo que as igrejas ainda exijam o estudo da palavra sagrada, a catequese, os pais já delegaram – esta é a regra! – às escolas o dever da educação dos seus filhos. Pagam caro para que elas façam o que é o dever deles. E mais: exigem que as escolas estendam o ano letivo porque nem sabem mais o que fazer com os filhos quando as aulas encerram e seus filhos voltam para casa.
Em casa não estará o pai e nem estará a mãe, que estão na labuta, trabalhando para ganhar dinheiro e com ele satisfazer as ânsias de consumo.
É o ter vencendo o ser. É tão simples!
Mesmo em casa (quase escrevi “no seu lar”!), mas distantes dos pais que chegarão daqui algumas horas, cansados e irritados e se jogarão no sofá com um copo de uísque na mão (não é fácil não se deixar consumir pelas pressões desta sociedade consumista), estes filhos não terão pais. Terão adultos inconscientes e despreparados para baixarem ordens que também não serão cumpridas.
Mesmo na escola, esta terá que zelar pelos seus interesses econômico-financeiros, que sempre preponderarão sobre os “educativos”. Ninguém mais será obrigado a ler aquele chato do Machado de Assis ou qualquer um daqueles tantos que tinham que ser apreendidos pelas mentes juvenis em tempos idos.
Se for determinado algum trabalho, provavelmente será “de grupo”. Deste grupo participarão quatro ou cinco alunos e o grupo decidirá o que cada um deles deverá “pesquisar” na internet. É a cola moderna, e a formação virtual, é a busca da conclusão de um curso pela forma mais fácil.
Provavelmente, hoje já devemos estar sendo atendidos, quem sabe operados, por médicos “formados” deste jeito, ou defendidos por advogados (precisamos sempre de advogados porque infringir leis faz parte do nosso cotidiano sem referências). Ou sendo informados e formados como opinião pública por jornalistas que nem sabem por quantas letras é formado o alfabeto.
E, assim, na formação de qualquer campo de atividades, inclusive, magistério.

Meu sobrinho tem 18 anos. É um rapaz alto, forte, bonito, agradável e querido por todos. Quando falo com ele pelo MSN ele responde do mesmo jeito que fala, quando conversamos ao vivo.
Pergunto: como vais?
E ele responde: bem.
- Como estão o pai e a mãe?
- bem!
- Tem feito muita coisa boa por aí?
E ele responde: - um pouco.
Então cobro dele:
- Fala alguma coisa, cara! Conversa comigo, pô!
Então ele me conta:
- Ontem choveu bastante aqui!
E qualquer informação a mais é preciso ser arrancada a ferro do meu sobrinho.
É culpa dele? Claro que não! Ele é a conseqüência do meio.
Ele reproduz o meio em que vive, a escola que freqüenta, a sociedade que nada lhe cobra, a permissividade, o descompromisso, o “passar de ano” que é considerada a questão mais importante.
Meu sobrinho, como milhões de outras crianças e jovens, é vítima. É parte da geração dos homens que assumirá o controle da humanidade em poucos anos. E quais são e serão as suas referências? Da perda, ou melhor, da renúncia à autoridade de pais e professores, do absoluto descaso por qualquer idéia de disciplina, da internet que toma conta de suas mentes vazias, da rejeição a qualquer plano espiritual, o que poderá ser cobrado destas gerações quando o mundo necessitar que assumam suas rédeas?
A culpa não está neles, ela antecede a sua chegada. Ela está muito mais em nós e nas gerações imediatamente anteriores à nossa. Trocamos o compromisso pelo conforto, o fazer pelo deixar que façam por nós, as conquistas pela compra fácil. Renunciamos, covardemente, ingenuamente e talvez até inocentemente, às nossas responsabilidades.
Somos pais de filhos órfãos!
Gostamos muito de dizer que não queremos que nossos filhos passem pelas dificuldades que nós tivemos. Por muitos anos ouvimos psicólogos repetirem que não devemos dizer não aos nossos filhos, que eles têm direito a decidir pelas suas vidas e mais uma porção de bobagens que em princípio nos chocaram mas que logo aceitamos porque eram muito mais cômodas do que determinar e fazer cumprir regras de conduta, de estudo, de comprometimentos, de responsabilidades, de obediência, de respeito, de preparo para o enfrentamento de uma vida que sempre foi, é e será dura, com obstáculos a serem vencidos.
A procura pelo elo perdido se encontra nas entrelinhas de qualquer noticiário, na fisionomia das pessoas, na proliferação desmesurada das doenças psíquicas. A perda dos valores existenciais hoje é reconhecida e o que mais se ensina não é como resgatá-los, mas como conviver com a sua falta. É mais fácil.
E o “cliente” retornará amanhã, e depois, e ingressará num círculo vicioso de dependência que não será preenchido porque o conhecimento é um bem cada vez mais raro e restrito e quem o possui haverá de saber valorizá-lo ao máximo, para o seu benefício próprio. Estamos convivendo com gerações dependentes, que não ganharam de nós as referências que nossos pais e avós nos legaram.
O que herdaram de nós, seus pais?
A própria proliferação de seitas, seitas e mais seitas é uma evidência da perda dos referenciais que sempre nortearam a vida das gerações. Hoje tudo é posto em dúvida, tudo é questionado, mas pára por aí. Sabemos o que está errado, mas não sabemos mais apontar o que é certo.
É preciso rever o nosso papel. Humildade para reconhecer, expiação de culpas, perda da ingenuidade, honestidade de propósitos. Resgate de referências que se mostraram válidas por milênios e que foram abandonadas para que novos “valores” se impusessem, sem que fossem devidamente avaliados.

(Autor: Egon H. Musskopf - Jornalista)

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Homenagem que um grande amigo fez para mim

Você que em poucas linhas me fez perceber sua transformação, novamente,
Uma nova puberdade... Uma puberdade madura...

Sozinha
Na nudez crua dos seus pensamentos
Renascer em si,
Amar, sonhar, querer
Reaver algo perdido
Há muito tempo esquecido.
Saber, sorrir, entender,
Ser ou não ser.
Quase morrer,
Reviver.
Desabrochar para o novo
Sentir mais uma vez o que já esquecera
E lembrar que era bom.
Gozar, usar,
Tomar tudo o que a vida pode lhe dar.
Ousar, ser você
E não qualquer ser
Deixar sua marca no mundo,
Viver.

(Meu querido amigo obrigada por tudo.
Vc estará para sempre em meu coração.
Beijos da amiga de fé. Ju)

terça-feira, 29 de abril de 2008

Abrindo-me ao novo

Quero esquecer o que fui ontem, não estou preocupada com o que vou ser amanhã.
Só sei que hoje eu sou uma nova pessoa, em busca de novas experiências, novas idéias, novos rumos.
Meu momento é renovar, é fazer diferente. Vivendo a necessidade de quebra da rotina.
Eu quero o NOVO. Eu sou o NOVO. E todos os dias quero tudo NOVO de novo.
Ressurgindo, renascendo.
Reinventando meu presente, espanando a poeira.
Quero muito da vida, ela me deve muito, eu não pedi para nascer e por isso ela deve ser minha aliada na minha eterna busca da felicidade. Sei que brigo com a vida, brigo com o mundo, mas brigar é saudável, significa que eu luto, que estou em movimento.
Quero questionar, filosofar, perguntar, instigar, não aceitar o senso comum.
Quero abrir as janelas da minha vida, deixar o vento entrar para levar o que não me serve e trazer o que realmente me é útil. Quero encontros inesperados, conversas libertadores, amores, muitos amores. Amor de mãe, de irmãos, de amigo, de cachorro, de homem. Amores.
Quero fazer planos, concretizar planos, sonhar. E se não der para fazer nada disso, quero sorrir mesmo assim.
Porque abri meus braços para a vida, abri meus braços para mim, abri meu peito para o NOVO.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Daquele jarro? Nem mesmo os cacos

Fui um jarro de vidro que transbordou de muito amor, e fui parar nas mãos de uma pessoa errada e fria.
Fui jogada ao chão e então me espatifei, nada fiz para impedir, me calei.
Vi meus cacos espalhados pelo chão, e me dei conta do que eu tinha e do que não tinha feito a mim mesma.
Percebi o quanto fui medíocre e negligente comigo e com minha vida. Sei que, àquela pessoa, fui devota e passiva, errei muito ao achar que só em estar ao lado dela me seria suficiente para viver um grande amor, mas não é só doando amor que se vive feliz, é preciso também recebê-lo, e não o recebi.
Sei que cometi um crime contra a minha auto-estima, quase um homicídio, e desde então me envergonho e me arrependo muito.
Não posso consertar nem reinventar o passado, não quero juntar os cacos, pois não quero voltar a ser aquele jarro. Não quero ver aqueles restos, que hoje tanto desprezo, colados, nem mesmo perceber alguns pedaços faltando.
Decidi que quero ser inteira, por isso juntei todos os cacos e joguei no lixo.
Agora, sinto-me diferente. Sou um quebra-cabeça.
Vou me juntando pecinha por pecinha daquilo que, a partir de hoje, vou me tornando, até ficar completa, ansiosa para ver a imagem que vou me tornar.

sábado, 29 de março de 2008

No saco

Eu pus a vida num saco, e junto com ela, tudo o que faz parte dela.
Carrego nas costas, e pesa tanto, cansa.
Paro pelo caminho e descanso, suspiro.
Volto a carregar, e cansa. Dá vontade de largar tudo na primeira esquina.
O corpo dói, a estrada parece ter o dobro do tamanho, chegar ao meu destino fica ainda mais penoso, cansativo, e desanima.
Não dá pra voltar, tenho que seguir adiante.
Carregando, pesando, cansando, parando, descansando, suspirando, voltando...
E assim sigo a caminhar com o saco nas costas.
Quem sabe tiro de dentro dele o que não me serve mais, e jogo fora, e fica tudo mais leve.
Quem sabe acrescento outras coisas que vejo durante o percurso, mas que sejam menos pesadas.
Quem sabe. Só indo mesmo para saber no que vai dar.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Parece, às vezes

A vida me parece, às vezes, uma viagem perdida num ônibus errado.

terça-feira, 18 de março de 2008

Súbita decisão, não importa se errada ou não

A partir de hoje, decidi que não quero e que não vou mais procurar por nada nem por ninguém.
A partir de hoje, não vou esperar por nada nem por ninguém,
Esperar de nada nem de ninguém.
A partir de hoje, eu quero é que me achem,
Que me procurem,
Que de mim esperem.
A partir de hoje, decidi que não quero me iludir com nada nem com ninguém,
A partir de hoje, não vou sonhar com nada nem com ninguém,
Ter carência de nada nem de ninguém.
A partir de hoje, eu quero é que comigo se iludam,
Que comigo sonhem,
Que de mim careçam.
Hoje não quero saber de muita coisa,
Quero ser muita coisa,
Quero ser tudo de bom que eu possa ser,
E por HOJE tudo isso já me é o bastante.

domingo, 16 de março de 2008

Discurso do Presidente LULA em Manguinhos

Eu quero dizer para as crianças e para os adolescentes que estão aqui: Vocês nunca podem perder a esperança, não tem nenhuma razão para um jovem, por estar desempregado ou por ter brigado com a mãe ou com o pai, trabalhar para a bandidagem, não tem.
Eu sou filho de uma mulher que nasceu e morreu analfabeta, eu sou filho de uma mulher que morou em lugar que dava enchente de 1,5m dentro de casa. Acordava à meia-noite com rato, com barata, com fezes dentro do quarto. Era obrigado a me levantar e levantar os poucos móveis que tinha, não tinha nem geladeira e nem televisão.
Morei em uma rua em que nos dias de chuva a gente não conseguia ir trabalhar, de tanto barro. Era obrigado a colocar uma galocha, chegar no asfalto, tirar a galocha, colocar no bolso e levar para trabalhar. Eu sei o que é a vida de vocês. Mas em nenhum momento da minha vida, por conta do respeito que eu tinha à minha mãe... quando eu era moleque, eu conto sempre, Sérgio, eu saía da escola, numa rua chamada Silva Bueno, eu tinha uma vontade de comer uma maçã, que era uma coisa de louco – e naquele tempo só tinha maçã argentina, eram umas maçãs grandes – muitas vezes, eu passava com vontade de pegar uma e sair correndo. Eu nunca peguei, porque eu tinha vergonha de envergonhar a minha mãe.
Agora, eu queria pedir para a juventude aqui: não há nenhuma razão para desespero, mesmo em uma situação adversa. Olhem o tempo que vocês têm de vida, 15 anos, 16 anos, 17 anos, 14 anos, vocês estão com a vida toda por construir. Se um nordestino como eu, que só tenho o diploma primário e um curso do Senai, chegou à Presidência da República, por que vocês não podem chegar? A paz será construída a partir da atitude de cada um de nós. Não é o outro que tem que ser pacífico, somos nós. Por isso, eu quero parabenizar os companheiros das comunidades, porque vocês são verdadeiros heróis.
Se dependesse das notícias dos jornais, a gente não tinha nem que se levantar, passaria o dia inteiro deitado aqui. Se dependesse de algumas manchetes, a gente não se levantaria, ficaria todo mundo deitado o tempo inteiro. Entretanto, eu sei que vocês estão demonstrando coragem, levantam-se não apenas para trabalhar mas, no mundo adverso, para organizar o povo de vocês.
E muito mais importante é que este povo está aqui é a cara do povo brasileiro, meio preto, meio branco, meio índio, meio português. Não importa com que “meio” a gente seja, o que importa é que nós somos de corpo e alma brasileiros, seja negro, seja branco, e queremos construir uma Pátria livre e soberana, onde todos possam viver condignamente.

terça-feira, 11 de março de 2008

Ao alcance

As boas coisas da vida, que eu julgo que me fariam plenamente feliz, estão muito além do que eu posso ter, estão distantes da minha realidade, longe de serem realizadas, concretizadas.
Eu sou aquela menininha de 3 anos que busca incansavelmente a latinha de biscoito que se encontra na última prateleira do armário.
Espero pela misericórdia do tempo, torcendo para que ele passe breve, para que ele me faça alcançar a prateleira, e que ele não me surpreenda me mostrando a latinha vazia, sem ao menos um farelo.

sábado, 8 de março de 2008

O lado quente do ser (pelo dia de hoje)

Eu gosto de ser mulher
Sonhar, arder de amor
Desde que sou uma menina
De ser feliz ou sofrer
Com quem eu faça calor
Esse querer me ilumina

E eu não quero, amor
Nada de menos
Dispense os jogos desses mais ou menos
Para que pequenos vícios?
Se o amor são fogos que se acendem sem artifícios

Eu já quis ser bailarina
São coisas que não esqueço
E continuo, ainda a sê-las
Minha vida me alucina
É como um filme que faço
Mas faço melhor ainda do que as estrelas

Então eu digo, amor
Chegue mais perto
E prove ao certo qual é o meu sabor
Ouça meu peito agora
Venha compor uma trilha sonora
Para o amor

Eu gosto de ser mulher
Que mostra mais o que sente
O lado quente do ser
Que canta mais docemente

quarta-feira, 5 de março de 2008

O ouro oculto

É preciso que eu reconheça que a vida é muito mais ampla do que muitas vezes percebo.
Inúmeras vezes me limito indevidamente, achando que minhas opções são restritas, quando estou redondamente enganada, ignorando a extensão de minhas reais possibilidades.
Enfio na cabeça que quero uma coisa, desejo, busco. Luto do meu jeito, não consigo, não ganho, me frusto, passo dias querendo só ficar deitada e quieta na minha cama, sozinha, em silêncio. Não me dou conta de que há outras tantas coisas muito melhores ao redor e que eu não dei a menor importância. Não enxerguei outros caminhos, outros objetivos, perspectivas, possibilidades que me fariam, talvez, tão feliz quanto aquelas que eu idealizei.
Se eu olhar com mais atenção ao meu redor, posso enxergar janelas e portas que não havia reparado antes.
Olhar para os lados é descobrir o ouro oculto.

Engano

A paixão
Nada mais é
Que uma ilusão idiota
Que nos faz acreditar
Que uma pessoa seja melhor do que todas as outras.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Agora, FUDEU!

Estou tentando fazer as pazes com mundo, mas tá difícil, ele tá puto comigo. Nós estamos brigados, eu o chamei para uma conversa séria, tinha muitas perguntas para fazer. Há certas coisas que eu desejo tanto, tanto, que chego a fechar os olhos de tanta vontade de tê-las, falo de pessoas, bens materiais, realizações, amores. Mas tudo me parece impossível, não consigo tê-las na grande maioria das vezes, e quando consigo, são sempre pela metade.
Eu questionei o mundo porque que não consigo o que quero. Será que quero muito? Quero o errado? Quero o que não me pertence? Não é pra ser? Aproveitei e perguntei qual o problema dele comigo, se não vai com a minha cara. Qual é? Tá afim de sair no braço?
Aí, ele veio com aquele papo furado: "O que é seu tá guardado."
Guardado onde? Cadê? Quero agora. Guardar para quê?
Me estressei! Mandei ele tomar no cú. Ele me deu as costas e depois disse: " Se vira, doida!"
O que faço, agora, não sei. É FODA!!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Sinopse de mim

"Meu mundo se resume a palavras que me perfuram,
a canções que me comovem,
a paixões que já nem lembro,
a perguntas sem respostas,
a respostas que não me servem,
à constante perseguição do que ainda não sei.
Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim,
onde não me enxergo, mas me sinto."

(Martha Medeiros)

Entre Cometas e Estrelas

A solidão de muitas pessoas é a conseqüência de não poder contar com ninguém. A solidão é o resultado de uma vida cometa, em que ninguém fica e todos passam, e a gente também passa pelos outros.
Há a necessidade de se criar um mundo de estrelas, onde todos os dias se pode contar com elas, porque elas são sempre presentes, e todos os dias ver luz e calor.
Olhando os cometas, é bom não sentir-se como eles, nem desejar prender-se em suas caudas. É melhor sentir-se estrela, marcar presença, ter vivido e construído uma história pessoal, ter sido luz e calor para muitos corações.
Ser estrela num mundo passageiro cheio de pessoas cometas é um desafio, mas acima de tudo é uma recompensa.
É nascer e ter vivido, não apenas existido.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

...




एम् बुस्का दो कांफोर्मिस्मो नोस्सो दे कदा दिया...

Hoje é dia 18 de fevereiro e é a primeira vez que escrevo no blog este ano. Não foi por falta de vontade, nem por falta de tempo, embora tenha andado bastante ocupada no início do ano, mas por falta de ânimo...
A verdade é que não tenho vontade de fazer mais nada na minha vida, o que eu queria é apenas dormir profundamente e mais nada! Não tenho me sentido feliz há muito tempo.. Tenho travado um luta constante comigo mesma por muito tempo, mas agora estou cansada e sem vontade de prosseguir.. Nesta guerra, há duas Alessandras. Uma que quer se entregar a qualquer custo, que não vê graça nas coisas, que não tem esperança... A outra que pensa que se entregar não leva a nada, e que temos q prosseguir a qualquer custo e extrair o máximo de vida de cada momento. Mas esta ultima Alessandra, precisa ser recarregada, e eu já não vejo da onde extrair força pra isso. Eu saio com meus amigos, faço palhaçada no meu trabalho, preservo os dias com minha famíla, brinco com o meu cachorro, mas mesmo assim, em todos esses momentos que me são tão valiosos, existe um vazio, uma tristeza que escondo no fundo do meus olhos e no canto do meu sorriso que não me deixa..
O ar tem andado mais pesado, o sono mais leve... Nem a música que sempre teve tanto poder sobre mim tem me alegrado..
Eu não quero ficar assim, não quero me sentir ingrata com a vida e nem com Deus, talvez os meus motivos sejam os mais tolos, mas a verdade é que eles me afetam e não consigo mais ser indiferente...
Não escrevo aqui pra pedir ajuda, pois sinceramente acho que ninguém possa me ajudar, pra isso tenho que reformular meus pensamentos, meus sonhos, meus planos e ceder ao conformismo nosso de cada dia.
Escrevo aqui pra dar uma satisfação e o pior é que nem sei a quem...

domingo, 17 de fevereiro de 2008

A Descoberta

Na terça-feira dia 12/02 eu dei um grande passo na minha vida, comecei minha faculdade de LETRAS e minha mãe foi a grande responsável por isso.
Fiz cursinho para concurso por 3 anos e não consegui nada, Minha mãe me disse que eu deveria tentar vestibular. Sempre pensei que seria uma possibilidade muito remota o fato de eu tentar uma universidade, mas ao contrário de mim, ela sempre teve fé nas minhas capacidades.
Em outubro do ano passado ela insistiu para que eu fizesse minha inscrição para uma faculdade particular, confesso que estava um pouco relutante, na verdade não sabia que curso tentar.
Uma vez conversando com um amigo sobre PORTUGUÊS, ele reparou como eu era apaixonada por análise sintática e me fez essa observação. Vi naquela conversa que finalmente tinha encontrado algo que me dava muita satisfação, e então me inscrevi no curso de letras, passei no vestibular e fiquei esperando ansiosa o dia de começar a estudar.
No começo deste mês, eu tive uma séria discussão com minha mãe em que ela me acusava de não ter feito algo de construtivo da minha vida, e também a respeito de grana. Sou muito orgulhosa e rancorosa, e por isso pensei em desistir de estudar, comuniquei minha decisão a Xanda e depois a minha mãe. Depois disso, por três dias seguidos, eu sonhei com a faculdade, que estava em sala de aula, e acordei muito pensativa.
Pela primeira vez na minha vida eu vi que meu orgulho não me serviria de nada, ele era nada diante da minha vontade de estudar, então eu e minha mãe fizemos as pazes e fui me matricular.
Chegando lá, dei meus documentos para a menina da secretaria, ela fez todos os procedimentos e depois me disse: - Pronto! Você está matriculada, pode vir assistir à aula de hoje.
Ao descer as escadas do prédio, eu chorei sozinha, tentei segurar ao máximo, mas não me contive, respirei fundo para que ninguém me visse daquele jeito, parei numa lanchonete para beber algo e me acalmar.
DESDE QUE ME CONHEÇO POR GENTE, BUSCO ALGO QUE ME REALIZE, QUE ME DÊ REAL SATISFAÇÃO, AGORA AOS 30 ANOS EU FINALMENTE DESCOBRI O MEU CAMINHO, PELO MENOS O PROFISSIONAL, QUERO SER REVISORA. AGORA ESTOU ESTUDANDO PARA CHEGAR AO MEU OBJETIVO.
Muitas pessoas contribuíram para que eu chegasse a essa resposta: minha mãe, Xanda, minha psicóloga, meu amigo Thiago, meu amigo Christian e meus professores do Progressão (Paulo Roberto, Augusto Rua, Jean Aquino e Tigran Magnelli). Agradeço a todos vocês pela ajuda e confiança.
Enfim, um passo adiante. Enfim, uma descoberta.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Vamos fazer um filme

Eu preciso
Quero ter carinho, liberdade e respeito,
Chega de opressão!
Quero viver a minha vida em paz.
Quero um milhão de amigos,
Quero irmãos e irmãs.
Deve de ser cisma minha, mas a única maneira ainda
De imaginar a minha vida
É vê-la como um musical dos anos 30
E no meio de uma depressão
Te ver é ter beleza e fantasia.
E hoje em dia, como é que se diz: "- Eu te amo."?

(Trecho da música do Legião Urbana)

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Um dia falaram das flores, hoje eu falo dos espinhos

Um dia desses assisti a um vídeo do Geraldo Vandré no YouTube, ele cantava "Pra não dizer que falei das flores". Durante o clip, aparecia imagens de pessoas fazendo passeatas pelas ruas do Brasil reclamando por liberdade de expressão e respeito aos direitos humanos.
Vi imagens de brasileiros apanhando de policiais como se fossem bandidos, vi pobres, ricos, artistas e anônimos de braços dados pela mesma causa, gente morrendo por um objetivo coletivo e doando suas vidas para que pudéssemos falar, ler, ouvir e criticar conforme nossas convicções.
Muitos se sacrificaram por um ideal de liberdade, direito da palavra, da escolha e da expressão. A luta foi árdua, sangrenta e injusta, apesar de muitas vítimas, foi vencida pelos idealistas. Mas aquela força e coragem não foram herdadas pela juventude de hoje.
Comparando aqueles heróis com os jovens de então, me perguntei: O que está acontecendo? O que aconteceu para que aquele romantismo se perdesse? QUAL O MOTIVO DE TAMANHA APATIA? Por que esse descaso com o planeta e até mesmo o futuro da humanidade? Há ainda tanto por fazer, tanto para mudar e conquistar e ninguém se move.
Fico imaginando o que se passa na cabeça daqueles que sobreviveram àquela época quando vêem a juventude deste século. Eu não vivi aquele marco histórico de luta contra a repressão e ditadura, mas me sinto revoltada com tanta indiferença.
Ontem, muitos morreram por um sonho de paz e de amor, hoje, não morrem sequer por um filho, para valer seus direitos ou contra a fome. A maioria quer o mais fácil em nome do "TER", o caminho para conseguir o que se quer (possuir) é sempre o mais curto, e isso incluindo ferrar com a vida do próximo, do país, roubar, enganar, corromper. Não há mais valores, essencia, luta, só baderna e muita festa regada a sexo, drogas e "CRÉU". Viva Ivete Sangalo!!!
Tantos doaram vida e sangue com integridade para que tivéssemos o direito, garantido por lei, de proclamar idéias e ideais. Temos a lei ao nosso favor, mas não temos as palavras, instalou-se um vazio de pensamentos e sentimentos, e até hoje não sei como isso se deu.
Observo esse mundo e essas pessoas, e fico apavorada porque não sei onde vamos parar, muito menos o que será das gerações futuras e pior: O que serão elas?
Jovens se matam, se drogam, se alcoolizam, praticam barbáries, vivem sem critérios e responsabilidades. Banalizam o mundo, seus corpos, seus objetivos.
Acho que caminhamos para o grande mal do século: A SOLIDÃO. Solidão de idéias, de valores, de ética, de relacionamentos, de sentimentos puros e nobres. Naquela época, quem sabia fazia a hora e não esperava acontecer. Hoje, ninguém sabe e nem quer saber, ninguém faz e nem quer fazer, ninguém espera e nada mais (de bom) acontece.
Daquelas flores, ficaram os espinhos.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O "Feio" e o "Bonito"

Todos têm consigo o "feio" e o "bonito", tanto na personalidade quanto na aparência física, e comigo não seria diferente.
Descobri que tenho mais "feio" que "bonito", me enxerguei assim e resolvi que todos ao meu redor devem enxergar isso também, mesmo que para isso eu deva perdê-los.
Muitas pessoas não se mostram como são por medo do julgamento dos outros ou por medo de serem excluídos, transformam-se naquilo que gostariam de ser ou naquilo que os outros gostariam que elas fossem, fazendo de si verdadeiros personagens.
Fui assim um dia, mas decidi que não serei mais, chega.
Para não chocar ninguém com o meu verdadeiro EU, preferi me mostrar aos poucos, assumindo um "feio" de cada vez, e comecei pela parte mais fácil. Então, desde semana passada, resolvi assumir meus cabelos rebeldes. Não fiz escova nem chapinha, não fiquei bonita e nem me senti assim, mas me senti livre. Sei que posso e quero mudar muitos dos meus "feios" e transformá-los em "bonitos", e é isso o que vou fazer, não pelos outros, mas por mim.
Vou alisar meus cabelos, não vou me culpar pelo o que não aconteceu ou deu errado, se um amigo não me liga ou não me convida para uma festa não vou me atribuir um problema, uma culpa ou um erro. Vou em busca do auto-conhecimento, da auto-confiança, da auto-estima, vou lutar contra minha irritabilidade e intolerância, vou tentar fazer as pazes com o mundo.
Não quero me adaptar aos outros, eu quero ser EU doa a quem doer. E se aqueles a quem dei o título de amigos não gostarem, FODA-SE. Há quem goste de mim de verdade, do jeito que eu sou, há maluco para tudo neste mundo.
Vou aprender a me bastar. Vou aprender a ser feliz.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Dos três mal amados!

O amor comeu meu nome,
minha identidade,
meu retrato.
O amor comeu minha certidão de idade,
minha genealogia,
meu endereço.
O amor comeu meus cartões de visita.
O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas,
meus lenços
e minhas camisas.
O amor comeu metros e metros de gravatas.
O amor comeu a medida de meus ternos,
o número de meus sapatos,
o tamanho de meus chapéus.
O amor comeu minha altura,
meu peso,
a cor de meus olhos
e de meus cabelos.
O amor comeu minha paz e minha guerra,
meu dia e minha noite,
meu inverno e meu verão.
Comeu meu silêncio,
minha dor de cabeça,
meu medo da morte.

(João Cabral de Melo Neto)

Quando o sono não chegar!

Neste quarto de fogo solitário
No telhado um letreiro esfumaçado
Candeeiro no peito iluminado
O cigarro no dedo incendiário
O cinzeiro esperando o comentário
Da palavra carvão fogo de vela
Meus dois olhos pregados na janela
Vendo a hora ela entrar nessa cidade
Tô fumando o cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela
O prazer de quem tem saudade é saudade todo dia
O prazer de quem tem saudade é saudade todo dia
Ela é maltratadeira
Além de ser matadeira
ô saudade companheira
De quem não tem companhia
Eu vou casar com a saudade
Numa madrugada fria
Na saúde e na doença
Na tristeza e na alegria
Quando o sono não chegar
No mais distante lugar
No deserto beira mar
Dia e noite noite e dia

(Cordel do Fogo Encantado)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Permitir-me FLORESCER.

Aprendi que tudo na minha vida é uma questão de permissão. Se eu permitir, coisas acontecem ou não, se eu permitir posso ser amada, não amada, bem tratada, mal tratada, crescer, retroceder... Então resolvi me permitir, me permitir FLORESCER, isso mesmo, FLORESCER.

Florescimento da Beleza - Dar atenção para a importância da auto-estima, cuidar de mim, da aparência, sem esquecer da essência, é claro, que é fundamental e é o que mais busco. Amar a mim mesmo é o primeiro e mais importante passo para atrair o amor e o que mais eu desejar.

Florescimento das Idéias - Fazer valer o momento de frutificação das minhas idéias, o momento excelente para toda e qualquer forma de materialização dos meus sonhos e intenções, planejar e concretizar objetivos.

Florescimento do Amor - Dar amor não importando se esse amor será recíproco ou não, sentir enorme satisfação no simples fato de doar e irradiar afeto.

Florescimento da Vida - Simplesmente viver. Buscar a felicidade dentro de mim e não fora de mim, sem
atribuí-la a pessoa nenhuma que não seja eu mesma, a coisas, a momentos. Atribuí-la a mim, somente a mim.

Florescimento da Relação com o Mundo - Viver neste mundo complicado e tentar aceitar que ele é sim, muitas vezes, ingrato e não me abater por isso, e se algo me incomoda nele, fazer minha parte para mudar. Não criar expectativas a respeito dele, não idealizar e nem esperar o retorno das minhas ações para com ele. Ser parte dele e não me sentir deslocada.

Florescimento de Mim Mesma - Me procurar, me encontrar, me conhecer, me abraçar como se abraça uma causa nobre, me enxergar e me aceitar da maneira que sou. Me amar e ser feliz assim.

Viver minha vida para sempre FLORESCENDO.

Narrativa de Arraial do Cabo

Fui passar a virada do ano novo em Arraial do Cabo com a família e alguns amigos. Chegando lá, me encantei com a beleza natural do lugar, tudo é lindo. As praias, as pracinhas, as dunas, o céu... O mais encantador é o jeitinho que a cidade tem de interior, roça, sabe?
Chegando ao sobradinho que alugamos, notei que as janelas davam direto para a rua, e que me permitia vislumbrar tanto as paisagens quanto o movimento da rua e da vizinhança.
Ventava forte e fresco, o ar puro. Momento, para mim, divino. Fiquei ali me deliciando com tudo e, de repente, uma menininha apareceu debaixo da janela e me olhou eufórica da mesma forma que se olha para algo novo, diferente. Daí, ela começa o diálogo:

- Oi, tia!
Disse ela acenando sorridente para mim.
- Oi, tudo bem?
- Tudo.
Chegou logo depois uma amiguinha dela e ela recomeçou.
- Esta é a minha tia.
- Não é nada.
- É sim.
- Não é.
- Quer ver que é?
Ela olhou para mim com aquele sorriso novamente e perguntou:
- Tia, a senhora não é a minha tia?
- Sou sim.
Ela virou-se para a amiguinha com uma cara de deboche e falou:
- Viu? Eu disse que ela é a minha tia.

Depois disso ela me deu tchauzinho e foi contar a "novidade" para o restante da vizinhança.

Humanidade X Tecnologia

A relação entre a humanidade e os grandes inventos que ela mesma criou é muito instigante. Ou é uma antítese ou um paradoxo.
A tecnologia está sempre evoluindo, já a espécie...