quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Agora, FUDEU!

Estou tentando fazer as pazes com mundo, mas tá difícil, ele tá puto comigo. Nós estamos brigados, eu o chamei para uma conversa séria, tinha muitas perguntas para fazer. Há certas coisas que eu desejo tanto, tanto, que chego a fechar os olhos de tanta vontade de tê-las, falo de pessoas, bens materiais, realizações, amores. Mas tudo me parece impossível, não consigo tê-las na grande maioria das vezes, e quando consigo, são sempre pela metade.
Eu questionei o mundo porque que não consigo o que quero. Será que quero muito? Quero o errado? Quero o que não me pertence? Não é pra ser? Aproveitei e perguntei qual o problema dele comigo, se não vai com a minha cara. Qual é? Tá afim de sair no braço?
Aí, ele veio com aquele papo furado: "O que é seu tá guardado."
Guardado onde? Cadê? Quero agora. Guardar para quê?
Me estressei! Mandei ele tomar no cú. Ele me deu as costas e depois disse: " Se vira, doida!"
O que faço, agora, não sei. É FODA!!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Sinopse de mim

"Meu mundo se resume a palavras que me perfuram,
a canções que me comovem,
a paixões que já nem lembro,
a perguntas sem respostas,
a respostas que não me servem,
à constante perseguição do que ainda não sei.
Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim,
onde não me enxergo, mas me sinto."

(Martha Medeiros)

Entre Cometas e Estrelas

A solidão de muitas pessoas é a conseqüência de não poder contar com ninguém. A solidão é o resultado de uma vida cometa, em que ninguém fica e todos passam, e a gente também passa pelos outros.
Há a necessidade de se criar um mundo de estrelas, onde todos os dias se pode contar com elas, porque elas são sempre presentes, e todos os dias ver luz e calor.
Olhando os cometas, é bom não sentir-se como eles, nem desejar prender-se em suas caudas. É melhor sentir-se estrela, marcar presença, ter vivido e construído uma história pessoal, ter sido luz e calor para muitos corações.
Ser estrela num mundo passageiro cheio de pessoas cometas é um desafio, mas acima de tudo é uma recompensa.
É nascer e ter vivido, não apenas existido.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

...




एम् बुस्का दो कांफोर्मिस्मो नोस्सो दे कदा दिया...

Hoje é dia 18 de fevereiro e é a primeira vez que escrevo no blog este ano. Não foi por falta de vontade, nem por falta de tempo, embora tenha andado bastante ocupada no início do ano, mas por falta de ânimo...
A verdade é que não tenho vontade de fazer mais nada na minha vida, o que eu queria é apenas dormir profundamente e mais nada! Não tenho me sentido feliz há muito tempo.. Tenho travado um luta constante comigo mesma por muito tempo, mas agora estou cansada e sem vontade de prosseguir.. Nesta guerra, há duas Alessandras. Uma que quer se entregar a qualquer custo, que não vê graça nas coisas, que não tem esperança... A outra que pensa que se entregar não leva a nada, e que temos q prosseguir a qualquer custo e extrair o máximo de vida de cada momento. Mas esta ultima Alessandra, precisa ser recarregada, e eu já não vejo da onde extrair força pra isso. Eu saio com meus amigos, faço palhaçada no meu trabalho, preservo os dias com minha famíla, brinco com o meu cachorro, mas mesmo assim, em todos esses momentos que me são tão valiosos, existe um vazio, uma tristeza que escondo no fundo do meus olhos e no canto do meu sorriso que não me deixa..
O ar tem andado mais pesado, o sono mais leve... Nem a música que sempre teve tanto poder sobre mim tem me alegrado..
Eu não quero ficar assim, não quero me sentir ingrata com a vida e nem com Deus, talvez os meus motivos sejam os mais tolos, mas a verdade é que eles me afetam e não consigo mais ser indiferente...
Não escrevo aqui pra pedir ajuda, pois sinceramente acho que ninguém possa me ajudar, pra isso tenho que reformular meus pensamentos, meus sonhos, meus planos e ceder ao conformismo nosso de cada dia.
Escrevo aqui pra dar uma satisfação e o pior é que nem sei a quem...

domingo, 17 de fevereiro de 2008

A Descoberta

Na terça-feira dia 12/02 eu dei um grande passo na minha vida, comecei minha faculdade de LETRAS e minha mãe foi a grande responsável por isso.
Fiz cursinho para concurso por 3 anos e não consegui nada, Minha mãe me disse que eu deveria tentar vestibular. Sempre pensei que seria uma possibilidade muito remota o fato de eu tentar uma universidade, mas ao contrário de mim, ela sempre teve fé nas minhas capacidades.
Em outubro do ano passado ela insistiu para que eu fizesse minha inscrição para uma faculdade particular, confesso que estava um pouco relutante, na verdade não sabia que curso tentar.
Uma vez conversando com um amigo sobre PORTUGUÊS, ele reparou como eu era apaixonada por análise sintática e me fez essa observação. Vi naquela conversa que finalmente tinha encontrado algo que me dava muita satisfação, e então me inscrevi no curso de letras, passei no vestibular e fiquei esperando ansiosa o dia de começar a estudar.
No começo deste mês, eu tive uma séria discussão com minha mãe em que ela me acusava de não ter feito algo de construtivo da minha vida, e também a respeito de grana. Sou muito orgulhosa e rancorosa, e por isso pensei em desistir de estudar, comuniquei minha decisão a Xanda e depois a minha mãe. Depois disso, por três dias seguidos, eu sonhei com a faculdade, que estava em sala de aula, e acordei muito pensativa.
Pela primeira vez na minha vida eu vi que meu orgulho não me serviria de nada, ele era nada diante da minha vontade de estudar, então eu e minha mãe fizemos as pazes e fui me matricular.
Chegando lá, dei meus documentos para a menina da secretaria, ela fez todos os procedimentos e depois me disse: - Pronto! Você está matriculada, pode vir assistir à aula de hoje.
Ao descer as escadas do prédio, eu chorei sozinha, tentei segurar ao máximo, mas não me contive, respirei fundo para que ninguém me visse daquele jeito, parei numa lanchonete para beber algo e me acalmar.
DESDE QUE ME CONHEÇO POR GENTE, BUSCO ALGO QUE ME REALIZE, QUE ME DÊ REAL SATISFAÇÃO, AGORA AOS 30 ANOS EU FINALMENTE DESCOBRI O MEU CAMINHO, PELO MENOS O PROFISSIONAL, QUERO SER REVISORA. AGORA ESTOU ESTUDANDO PARA CHEGAR AO MEU OBJETIVO.
Muitas pessoas contribuíram para que eu chegasse a essa resposta: minha mãe, Xanda, minha psicóloga, meu amigo Thiago, meu amigo Christian e meus professores do Progressão (Paulo Roberto, Augusto Rua, Jean Aquino e Tigran Magnelli). Agradeço a todos vocês pela ajuda e confiança.
Enfim, um passo adiante. Enfim, uma descoberta.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Vamos fazer um filme

Eu preciso
Quero ter carinho, liberdade e respeito,
Chega de opressão!
Quero viver a minha vida em paz.
Quero um milhão de amigos,
Quero irmãos e irmãs.
Deve de ser cisma minha, mas a única maneira ainda
De imaginar a minha vida
É vê-la como um musical dos anos 30
E no meio de uma depressão
Te ver é ter beleza e fantasia.
E hoje em dia, como é que se diz: "- Eu te amo."?

(Trecho da música do Legião Urbana)

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Um dia falaram das flores, hoje eu falo dos espinhos

Um dia desses assisti a um vídeo do Geraldo Vandré no YouTube, ele cantava "Pra não dizer que falei das flores". Durante o clip, aparecia imagens de pessoas fazendo passeatas pelas ruas do Brasil reclamando por liberdade de expressão e respeito aos direitos humanos.
Vi imagens de brasileiros apanhando de policiais como se fossem bandidos, vi pobres, ricos, artistas e anônimos de braços dados pela mesma causa, gente morrendo por um objetivo coletivo e doando suas vidas para que pudéssemos falar, ler, ouvir e criticar conforme nossas convicções.
Muitos se sacrificaram por um ideal de liberdade, direito da palavra, da escolha e da expressão. A luta foi árdua, sangrenta e injusta, apesar de muitas vítimas, foi vencida pelos idealistas. Mas aquela força e coragem não foram herdadas pela juventude de hoje.
Comparando aqueles heróis com os jovens de então, me perguntei: O que está acontecendo? O que aconteceu para que aquele romantismo se perdesse? QUAL O MOTIVO DE TAMANHA APATIA? Por que esse descaso com o planeta e até mesmo o futuro da humanidade? Há ainda tanto por fazer, tanto para mudar e conquistar e ninguém se move.
Fico imaginando o que se passa na cabeça daqueles que sobreviveram àquela época quando vêem a juventude deste século. Eu não vivi aquele marco histórico de luta contra a repressão e ditadura, mas me sinto revoltada com tanta indiferença.
Ontem, muitos morreram por um sonho de paz e de amor, hoje, não morrem sequer por um filho, para valer seus direitos ou contra a fome. A maioria quer o mais fácil em nome do "TER", o caminho para conseguir o que se quer (possuir) é sempre o mais curto, e isso incluindo ferrar com a vida do próximo, do país, roubar, enganar, corromper. Não há mais valores, essencia, luta, só baderna e muita festa regada a sexo, drogas e "CRÉU". Viva Ivete Sangalo!!!
Tantos doaram vida e sangue com integridade para que tivéssemos o direito, garantido por lei, de proclamar idéias e ideais. Temos a lei ao nosso favor, mas não temos as palavras, instalou-se um vazio de pensamentos e sentimentos, e até hoje não sei como isso se deu.
Observo esse mundo e essas pessoas, e fico apavorada porque não sei onde vamos parar, muito menos o que será das gerações futuras e pior: O que serão elas?
Jovens se matam, se drogam, se alcoolizam, praticam barbáries, vivem sem critérios e responsabilidades. Banalizam o mundo, seus corpos, seus objetivos.
Acho que caminhamos para o grande mal do século: A SOLIDÃO. Solidão de idéias, de valores, de ética, de relacionamentos, de sentimentos puros e nobres. Naquela época, quem sabia fazia a hora e não esperava acontecer. Hoje, ninguém sabe e nem quer saber, ninguém faz e nem quer fazer, ninguém espera e nada mais (de bom) acontece.
Daquelas flores, ficaram os espinhos.