quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Há 27 anos atrás!

Hoje, durante o intervalo da aula no cursinho, lembrei de quando vi minha irmã pela primeira vez. Eu brincava com uma bola colorida na varanda e meu pai chegava com ela nos braços. Ele entrou em casa e logo depois me chamou.
Ele, de pé, ainda com ela nos braços, me perguntou se eu não gostaria de vê-la, fiz sim com a cabeça e ele abaixou-se perto de mim para que eu pudesse conhecer então, o mais novo membro da família. Fiquei olhando pra ela e percebi que ela era maior do que eu imaginada, era toda fofinha, estava enrolada num mantinho branco bordado com floreszinhas de várias cores e ela era bem carequinha.
Fiz somente um comentário:
- Ela tem um olhão, pai!!!
Lembro de muita coisa dela, de quando era pequena. Lembro que ela era muito risonha, que corria pelo quintal inteiro, que não tinha medo de subir nas coisas, que quando caía, logo se levantava, e sem chorar. Sempre destemida e muito levada, geniosa pra cacete!
Não esqueço o dia em que eu tentei ensiná-la a falar meu nome, foi hilário porque após inúmeras tentativas ela só falava DJHAUA ao invés de JULIANA. E esse "nome" me acompanha até hoje.
Lembrei muita coisa hoje, da infância dela, da adolescência, de particularidades dela, do GÊNIO RUIM que ela tem e que às vezes é até bonitinho. Sempre nos demos bem, mesmo quando pequenas, a existência dela nunca me trouxe ciúmes, nem incômodo algum. Ela é motivo de orgulho para nossa família, tanto pelo o que é quanto pelo o que conquistou.
Espero acompanhar todos os passos da vida dela, feliz por todas as conquistas e evoluções.
REGISTRO AQUI NESTE BLOG O QUANTO ELA É IMPORTANTE PARA MIM, E O QUANTO EU A AMO E ADMIRO. DESEJO VÊ-LA FELIZ, E POR ISSO, REZO MUITO PARA QUE TODOS AQUELES SONHOS ,QUE ELA NÃO TEM ESPERANÇA QUE SE REALIZEM MAIS, SE TORNEM REAIS.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Na ponta da língua

Esses dias coloquei um CD pra ouvir que fazia muito tempo que não ouvia,
e umas das canções daquele albúm ficou ecoando em nossas cabeças, e desde então me percebo cantarolando ela pelos cantos, e ontem surpreendi a Jú na mesma.

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Luz e sentido e palavra, palavra é o coração não pensa

Ontem faltou água
anteontem faltou luz
teve torcida gritando quando a luz voltou
Não falo como você fala mas vejo bem o que você me diz
Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo
prefiro acreditar no mundo do meu jeito

E você estava esperando voar
Mas como chegar até as nuvens com os pés no chão?


O que sinto muitas vezes faz sentido
E outras vezes não descubro o motivo
Que me explica porque é que não consigo ver sentido
No que sinto, no que procuro e desejo que faz parte do meu mundo
O arco-íris tem sete cores
E fui juiz supremo
Vai, vem embora, volta
Todos têm, todos têm suas próprias razões

Qual foi a semente que você plantou?
Tudo acontece ao mesmo tempo
Nem eu mesmo sei direito o que está acontecendo
E daí, de hoje em diante, todo dia vai ser o dia mais importante

Se você quiser alguém pra ser só seu
É só não se esquecer: estarei aqui

Não digo nada, espero o vendaval passar
Por enquanto eu não sei
O que você me falou me fez rir e pensar
Porque estou tão preocupado por estar tão preocupado assim
Mesmo se eu cantasse todas as canções
Todas as canções, todas as canções, todas as canções do mundo
Sou bicho do mato

Mas se você quiser alguém pra ser só seu
É só não se esquecer: estarei aqui

Ou então não terás jamais a chave do meu coração

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O que é o que é?

Clara e salgada,
cabe em um olho e pesa uma tonelada,
tem sabor de mar,
pode ser discreta,
inquilina da dor,
morada predileta.,
na calada ela vem,
refém da vingança,
irmã do desespero,
rival da esperança,
pode ser causada por vermes e mundanas
ou pelo espinho da flor,
cruel que vc ama,
amante do drama,
vem pra minha cama,
por querer, sem me perguntar me fez sofrer,
e eu que me julguei forte,
e eu que me senti,
serei um fraco,
quando outras delas vir,
se o barato é louco e o processo é lento,
no momento,
deixa eu caminhar contra o vento,
do que adianta eu ser durão e o coração ser vulnerável,
o vento não, ele é suave, mas é frio e implacável,
(é quente) borrou a letra triste do poeta,
(só) correu no rosto pardo do profeta.

(Música dos Racionais MC)

Auto-definição!

Sou um pássaro de asas quebradas.
Sou a girafa, embora possuindo a dádiva
de uma visão panorâmica devido ao longo pescoço,
não consegue enxergar no horizonte a chegada da alvorada.
Sou a bússola sem ponteiro, inerte, sem saber qual direção tomar.
Um relógio quebrado, parado no tempo, que as horas não sente passar.
Uma adolescente insensível à espinha na ponta do nariz.
Uma mulher buscando meios de ser feliz.
Que no caminho, muitas vezes, se vê perdida
tentando enfrentar as dificuldades da vida.

Memórias...

Como já relatei aqui, estou no meu período TPA- Tensão Pré-aniversário. Ando meio deprê e pra piorar minha irmã tá pior. Tentando amenizar as coisas ressuscitei uma Alessandra consumista! Tenho gastado horrores o que eu não tenho, comprado o que não preciso. Tudo pra tentar preencher esse vazio que sinto. O pior é que eu sei que esses será mais um motivo pra eu me lamentar mais tarde.. Infelizmente eu não consigo ter controle, qdo eu dou por mim já estou assinando a boleta.. O final de semana foi movimentado, fomos ao show da Pitty que foi exatamente o que eu esperava, cheio de adolescentes, a maioria mal-educado, mas como eu não tenho me sentido muito adulta ultimamente, posso dizer que foi divertido. No domingão a companhia dos amigos queridos. Mas o que se destacou nesses dias foi o filme "Memórias de uma Gueixa" que eu e Jú assistimos na segunda. Eu poderia fazer uma crítica ao filme e dizer todas a mensagens que ele passa, mas ao invés disso vou me ater a uma única palavra "EMOCIONANTE". O filme é lindo em todos os aspectos, desde a fotografia, passando pelo figurino e terminando pelo roteiro. O filme não tem nenhuma grande fórmula, mas na sua simplicidade é capaz de emocionar, e não será esse o verdadeiro sentido da vida? Emocionar-se! Não é isso que todos nós buscamos? Momentos que marcam a nossa existência!


segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Dado o recado!

Todo dia é um aprendizado. Até as coisas mais fúteis nos acrescenta algo importante. E é só observando a vida e as pessoas que, de repente, vem aquele estalo!
Há alguns anos, fui ao show do LEGIÃO URBANA, Renato Russo disse a frase que nunca esqueci:
- O bem sempre vence!
Acreditei nessa frase com todas as minhas forças, gravei essa certeza no meu coração, até que um dia me desiludi, pois reparando tudo ao meu redor, notei que o contrário estava acontecendo. Passei a duvidar da força do BEM. Hoje, assistindo a um seriado na tv, ouvi o seguinte:
- O mal triunfa quando as pessoas do bem não fazem nada!
Entendi o recado.

Confessando!

Demorei a postar aqui porque estava nos meus dias de gagueira, então esperei passar, pois não conseguia escrever. Começo contando que conheci uma pessoa visitando o blog dele, me identifiquei com os sentimentos e frustrações que ele carrega consigo, desabafei todas as minhas angústias para ele e ele me respondeu carinhosamente com palavras muito consoladoras e contagiantes, ele me incentivou a buscar ajuda e é o que vou fazer. Essas palavras fizeram efeito por um curto espaço de tempo, mas não desisti ainda de ME AJUDAR. Sinto-me assim:
Não sinto vontade de acordar, estudar, nem mesmo de abrir os olhos, às vezes passear torna-se uma tortura. Moro num quintal de família, nos fundos, e por isso fico mais longe da rua, dos barulhos dos carros, da vida dos vizinhos. Minha casa tem poucas janelas e na maioria das vezes encontram-se fechadas e cobertas por cortinas vermelhas, adoro ficar em casa com tudo trancado, luzes apagadas, me parece muito confortável. Esse domingo, minha prima de 10 anos me fez uma observação que até então eu não tinha notado. Ela disse:
- Nossa! Sua casa não tem barulho, nada se escuta, é escura, pouco se enxerga aqui dentro, tudo sempre fechado, parece esconderijo.
Percebi então que me escondo de tudo, minha casa é confortável porque me mantém afastada das coisas que não quero enxergar, que não quero aceitar, que não quero viver, ou sobreviver. Isso é uma doença. Admito. Não é normal.
Minha irmã confessou pra mim que sente o mesmo, não é preguiça de levantar da cama, é não querer sair da cama. Entende?
Desde então, sinto um enorme vazio que me incomoda, sabe que às vezes até dói?
Reflito muito dentro do ônibus, adoro andar de ônibus por causa disso, meu pensamento vai longe, não preciso me concentrar em nada, só pensar, e hoje, ao voltar pra casa vindo do cursinho, escutava meu MP3 player ( que é meu companheiro inseparável porque só me permite ouvir aquilo que quero, que pré-estabeleci ) e ouvi uma música do Paulinho Moska que dizia o seguinte: "O vazio é um meio de transporte pra quem tem coração cheio, cheio de vazios que transbordam seus sentidos pelo meio."
De pronto me identifiquei. Aí, comecei a pensar sobre o que fazer com esse vazio, ou como vou enchê-lo, enchê-lo de quê?

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Ao meu gigante amigo GIGANTE...

Acho que não preciso dizer que te amo!! Vc tá cansado de saber!
Então levanta essa grande cabeça e siga em frente, eu sei que a vontade é fechar a janela e voltar para a cama..
Mãeee! Hj eu não vou.. Diz que eu tô com febre!!
Mas felizmente ou infelizmente não dá prar parar:
"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma.. a vida não para.."
Meu amigo me dê o braço e ande comigo, pq é tudo que nos resta! Eu te ajudo, vc me ajuda e nós nos ajudamos!! A gente vai rindo e debochando de quem está no caminho.. lembrando de tudo que nos tirou belas gargalhadas na vida!
Dê aquela gargalhada tão comum a todos nós e não esqueça que vc nos é muito importante e essencial nos nossos dias...Feliz aniversário .. viu??

Dá língua pra lua!!

Todos os anos perto do meu aniversário eu tenho uma crise depressiva chamada "Tensão pré-aniversário". E esses dias conversando com meu amigo Gigante, que faz aniversário dia 09 desse mês, descobri que não estou sozinha nessa nóia, lembrei do Thiago, da minha irmã e de outros amigos que também sofre desse mal e que não havia me dado conta. Não é pq estamos ficando mais velhos e a rugas começam a aparecer! Mas por todos os sonhos e desejos não realizados que parecem tão distantes neste momento. Todos nós estamos passando por uma fase difícil, como por várias vezes passamos juntos, mas dessa vez está diferente. O problema é comum a todos! Parece até o mesmo!! Todos sabem o que dói no outro. Não é preciso ser dito! Mas nós só queremos ficar juntos e esquecermos que as dores existem, rimos, bebemos, brincamos e conversamos muito sobre vários assuntos, menos sobre os fantasmas que ficam nos aguardando na varanda pra nos acompanhar até em casa e fervilhar nossas cabeças enquanto tentamos pegar no sono.
Paga-se um preço alto por ser diferente! Pra sairmos da manada. Talvez somente agora tomamos consciência disso verdadeiramente. Relacionar-se está cada vez mais difícil. Esperar pelo "mágico”, pelo que dá verdadeiramente sentido aos nossos dias está cada vez mais penoso. Mas não há o que fazer.. Como o Thiago me disse: "- Cara! É ter paciência! É sentar a bunda na cadeira e esperar!"
"Just a litle Pacience" como na música do Guns!
“Um pouco mais de paciência..” como diz o Lenine!
Bem.. os dias "festivos" vão passando.. a gente se recupera!
Dá língua pra lua!! E diga que ignoramos a ela e tudo o que nos insinua..
E assim abraçados vamos seguindo e rindo de tudo o que acontece! Temos uns aos outros e sabemos no fundo de nossas almas que isso é pra sempre! Pelo menos essa certeza nos resta!
Somos amigos e isso nos traz uma grande felicidade!
Dá língua pra Lua!! Enquanto a gente abre uma cerveja, acende um incenso e ri das futilidades da vida!