Ela faz muitos planos, fala detalhes de todos eles.
Eu escuto.
Não faço plano nenhum.
Mas, incrivelmente, ela tem bem menos esperança do que aparenta.
Ela deseja muitos momentos bons, e eu só espero que eles aconteçam.
Ela sonha tudo, e muito.
Eu só desejo que os sonhos dela se realizem.
Quanto a mim, eu só cruzo a ponte quando passo por uma.
Sem perspectivas, sem sonhos.
Não é desesperança, não é desilusão, é falta do que esperar, é não saber o que querer.
Cada um é do tamanho dos próprios sonhos, ela é mais enorme do que supunha.
Ela é muito maior que eu.
O pior de tudo é que minha pequenez não me incomoda, mas deveria.