domingo, 22 de novembro de 2009

Fácil conceito

- Tá respirando?

- Sim. Peraí, acho que sim.

- Acha?!

- Ah, acho que acho.

- Então tá viva.

- Como?

- Tá viva?

- Ah, acho que sim.

- Acha de novo? Você só acha?

- É.

- Não sabe saber quando se está viva? Se está respirando, então tá viva.

- Ah, vida é isso? Estar respirando?

- Porra, claro!

- Então viver é mais fácil do que eu pensava.

sábado, 21 de novembro de 2009

: )

Se eu tivesse que sorrir toda a vez que a vida me dissesse não, eu estaria com a boca igual ao do Coringa.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

?

As perguntas sem respostas muito me chateiam, mas me aborrecem mais ainda, as respostas que não me convencem.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sem dipirona

O pior tipo de dor é aquela que a dipirona não cura.
Ela dói
nua
e crua.
É tristeza pura.
É lágrima pesada,
salgada
e dura.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

C'est la vie

Muita coisa pra querer,
pouco dinheiro para ter,
nenhum estímulo para ser.
Tantos caminhos a escolher,
E por eles perecer
Enquanto há vida para viver.

Pedra

Eu sou pedra, dura
Que bate e bate, mas não fura.
Eu sou pedra, da ribanceira, rolada,
Pelo tempo e pela vida, lascada.
Eu sou pedra em desalinho,
aquela que tem no meio do caminho.
Eu sou pedra solta no ar,
uma que muito chora
e ainda sonha,
e ainda sozinha,
e no mesmo lugar.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

I don't want to grow up

No auge dos meus 32 anos mal vividos, eu tenho a única certeza de que a pior coisa que me aconteceu na vida foi ter crescido.
Eu detestei ficar adulta. Mesmo quando criança, o fato de encarar esse inevitável destino me causava tristeza, eu já sabia que era uma ida sem volta.
Lembro bem que fiquei desapontadíssima quando menstruei pela primeira vez, tanto que tentei disfaçar ao máximo como se não quizesse ainda acreditar que já era hora. Minha mãe percebeu, e quando olhei para ela eu perguntei: "Não é não, né mãe?" E ela balançou a cabeça e disse: "Ah! É sim." Então percebi que ali fora dado o pontapé inicial, era dali para pior.
Os anos foram passando e eu crescendo forçadamente, e hoje vivo essa vida maçante de adulto. Sinto enorme falta da minha infância, não que ela tivesse sido maravilhosa, mas era uma vida mais livre, mais lúdica. Tinha muito mais com que sonhar, muito mais no que acreditar.
Todas as vezes que escuto "I don't wanna grow up" dos Ramones me vem um nó na garganta, porque considero essa música como um protesto contra a adultícia. Ser "gente grande" é um desaforo!
Cresci, mas não sei se amadureci o bastante. Acho que tenho uma cabeça boa para quem teria 21 anos, e não para quem tem 32. Passo bem longe das características de uma legítima balzaquiana, e eu até gosto de não ter amadurecido tanto, parece que ainda sobra resquício de uma criança em mim.
É até bom. Quem amadurece demais morre cedo. Fica podre.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Misericórdia

Quanto mais o tempo passa, mais devemos dar graças a DEUS pelo pouco que ainda nos resta. Contando, é claro, com uma irônica misericórdia que, de quem vem, eu não sei.

domingo, 11 de outubro de 2009

Não sei. Sinceramente, não sei se quero saber

Eu não sei de nada, ou quase nada. E, sinceramente, não sei se quero saber.
Não tenho respostas de nada, não sei se estou procurando por elas, mas também não sei se quero perguntar alguma coisa e nem o quê perguntar.
Não sei mais qual é a minha música favorita e nem a banda do coração ou o filme inesquecível. Nem prato predileto, nem cor, nem livro. E não sei se tudo isso existe mesmo.
Não sei se sou feliz ou infeliz, não sei o que quero, e confesso que não sei mais se quero alguma coisa. Não sei se quero ser, se quero estar, se quero ter, se quero dar. Também não sei se quero sonhar e nem com quem sonhar, se quero esperar e nem o que esperar.
Não sei se isso é perder tempo, se é se iludir ou, até mesmo, se é ser prática. Mas também não sei se cansei, se endureci ou se amadureci. Nem sei se arrisco, nem no quê aposto. Não sei se falo, e muito menos o quê falar e para quem falar.
Não sei se reclamo, se peço, se questiono, se acredito, se desejo. Mas há tanta coisa do que reclamar, tanta coisa para pedir, muita coisa para questionar, muito pouco no que acreditar. E se vale a pena desejar, eu não sei.
Rir e chorar eu não sei de quê, para quê e por quê. Não sei se é tudo ou se é nada. Se é vazio, se é falta de razão, se é ausência de propósito. E diante disso tudo eu não sei o que fazer, nem mesmo sei se o fato de não saber dói.
E mesmo não sabendo de mais nada, vou adiante. Não sei de onde, não sei para onde, e nem mesmo sei o porquê de ir. Só sei dizer que não sei, sinceramente, não sei.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Uma história com reticências

Hoje tudo foi em ritmo de "acabou". O que antes era rotina foi feito pela última vez.
Tudo foi sendo desmontado, empacotado, arquivado e levado. E aos poucos, a sala foi ficando vazia até ficar irreconhecível. Já não era mais aquele lugar que eu estava acostumada a viver todo o meu dia, e ficou um espaço insuportável de se ver.
Durante todo esse processo, a cabeça lembrava todos os momentos que passei ali. Vezes eu sorri, vezes eu segurei bem forte as lágrimas para que não descessem pelo rosto. Mas não senti tristeza, embora o momento tivesse sido de despedida. Estranhamente, sinto que essa é uma história que ainda não terminou, ao invés de um ponto-final, ela termina com reticências.
De tudo, levo comigo as amizades que fiz, as experiências que ganhei e os conhecimentos que adquiri e que fizeram de mim uma pessoa mais rica e realizada. Me afaga o ego todas as coisas boas que eu percebi que sou capaz de realizar, os elogios de parceiros, chefes e pacientes e a confiança que me foi depositada.
O mais importante dessa jornada foi as duas irmãs que eu ganhei: Élida e Luciene. Irmãs que me ensinaram, me apoiaram e que estiveram comigo em tudo até o último minuto.
Puro "fechamento". Promessa de amor e fidelidade no cafezinho de meia hora e no almoço de 10 minutos; no ambulatório e na emergência; no plantão tranquilo de sexta-feira e no de quinta-feira da louca da "Dra. Uréia" até que a morte nos separe. Amém.
Não posso me esquecer da minha Loka Lorrana, mulher da minha vida. "Loka, eu te amo. Sua suja!" E nem do Erick, aquele delicinha, maluquinho Go-Go-Boy, mas um puta amigão.
Levo também lembranças das meninas do CRAIS, adoro todas elas. Principalmente da Dra. Elizabeth a quem devoto extrema admiração e com quem aprendi a diferença entre chefia e liderança, quando eu crescer farei questão de ser no mínimo metade do que ela é.
Não perdi um emprego. Ganhei bons momentos, muitas gargalhadas, pessoas que amo e que ficarão comigo no peito e na mente pra sempre.
D-MED, até a próxima!

sábado, 11 de julho de 2009

De repente

De repente,
Me veio à mente
Que eu sou uma criatura decadente.
E estranhamente,
Tudo pareceu tão diferente.
Será que alguém mente,
Assim como eu, tudo aquilo que sente?
Estou certa que isso é meio incoerente
E nenhum pouco inteligente,
Mas faço isso involuntariamente
E quase inocentemente.
Escondo meu choro vergonhosamente,
E me machuco paulatinamente.
Então eu grito incessantemente
Por uma solução urgente
Para o meu desespero frequënte.
Quero que a dor dissipe, mesmo que gradativamente
Para que eu possa viver feliz finalmente.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Minuto do desânimo

Com paixões e pensamentos abduzidos.
Encontro-me fatigada, cansada; sem interesse em porquê nenhum.
Ânimo só tenho para dormir,
não vejo graça em caminho algum.

Nostalgia

Eu, na incoerência
dos meus sentimentos sem sentido,
vivo de coração partido.
Flutuando na minha existência
com o olhar, para o futuro, perdido
numa tremenda nostalgia daquilo que nunca, por mim, foi vivido.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Um aviso àqueles que pensam

Se você se considera um ser pensante, nunca se intitule pobre ao referir-se sobre sua situação financeira. Pobre não é aquele que não tem dinheiro. Pobre é aquele que não tem entendimento do mundo, que não tem sabedoria suficiente nem mesmo para compreender as pequenas coisas da vida.
O pobre não tem bom senso, faz questão de ser ignorante. E acha que falta de dinheiro justifica sujeira, falta de higiene pessoal, falta de educação, falta de civilidade e falta de caráter. Ele não raciocina porque acha que não é pago para isso, por isso ele só "absorve", além disso, dá bem menos trabalho.
O pobre segue a vida como um pangaré que anda de cabeça baixa, puxando uma carroça e tomando chicotada no lombo, seguindo sempre o mesmo caminho que mal enxerga, se atolando na lama da inutilidade até a hora de deixar o mundo. E se morrer cedo, terá a sorte de não viver a vida sem sorte.
Por essa razão, quando você então quiser falar sobre sua escassez de grana, intitule-se simplesmente como uma pessoa humilde.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Aceite-me como eu sou.
Não venho com garantia
nem tenho a pretensão
de ser alguém perfeito.
Toda a perfeição não posso ter.
Eu sou como você:
sou da espécie humana,
sou capaz de errar.
O erro não é falha de caráter
e errar faz parte da Natureza Humana.
Eu vivo.
Eu sorrio.
Eu também aprendo.
Meu conhecimento é incompleto.
Estou na busca o tempo todo,
nas horas acordadas
e nas horas de sono.
Eu tenho um longo caminho
a ser percorrido,
assim como você também tem.
Aprendemos nossas lições pelo caminho.
Atingiremos a Sabedoria.
Assim, por favor, aceite-me como sou !
Porque eu sou só eu.
Apenas eu.
Não há ninguém igualzinho a mim no mundo.
Esta é a única garantia que dou.
É assim que eu me sinto.
Eu tenho um coração.
Abra-me e veja-o !
Por favor, cuide bem dele.
Ele é tudo que eu sou.
Apenas eu.

Autor Desconhecido.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A arma do momento

Já faz um tempo em que eu fui obrigada a aprender como me defender das ciladas da vida. A parte mais difícil foi saber que armas eu usaria pra isso.
A imaturidade me impedia de saber como usar essas armas, e por isso, por inúmeras vezes, acabei me ferindo seriamente. Coleciono cicatrizes, ainda carrego algumas feridas abertas e causei a outros dores profundas. Muitas vezes eu fui dura, agressiva, me deixei levar pela raiva e permiti que a ignorância vendasse meus olhos.
Com o decorrer do tempo eu fui aprendendo a ter paciência para aprender. Aprendi quais tipos de armas existem, que armas usar, quando e como usar, se devo usar...
Adquiri um pouco mais de leveza, passei a agir com mais segurança, observei, aceitei críticas de coração aberto. Abri os olhos.
Hoje eu me armo e me defendo com o sorriso certo e a palavra gentil, porque eles derrubam muros com um poder às vezes muito superior ao da agressividade.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

PERFEITO

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria.Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade. Você vai pro colégio, tem vários namorados, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?"

(Charlis Chaplin")

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Saiba

Saiba de uma coisa: se você tenta, tenta e tenta e não segue em frente, reveja seu caminho ou a forma como o trilha; algum deles está errado.

Mas se flui com rapidez e tranquilidade, o caminho e você estão seguindo corretamente.

(Autor da frase: Christian Sisson)

sábado, 4 de abril de 2009

Fama errada

O salário que eu ganho é menor que o tamanho das saias que eu uso, e sou eu que levo fama de indecente.

domingo, 29 de março de 2009

Um dia chato

Um vazio de palavras, nada a dizer. Ninguém a me falar, ninguém a me ouvir.
Fica um espaço grande em um período de tempo curto, e vê-se o tédio ali.
Ele vai embora quando chega a tristeza por mim sentida ao ouvir a musiquinha do Fantástico, música maldita.
A sensação é estranha, algo roubado. Subtração.
Não, tudo não recomeça amanhã. Tudo está do mesmo jeito, e quase sempre. Não há início, há a continuidade do tudo que já vinha sendo.
O tempo vem se arrastando como cobra, é lento e venenoso.
Sinto a inquietação, depois um breve desespero. E estalo os dedos, expiro forte, e impaciente, passo a mão na nuca.
Hoje, meu tempo não anda comigo no mesmo passo que eu. As minhas palavras, não as tenho de volta, estão gagas, presas, não faladas, nem sentidas nem ouvidas. Sem começo, sem recomeço. Não há ganho nem adição.
É um dia chato, muito chato. Sem perspectivas e novidades, um dia sem saída. Mas com sorte, tem hora certa para acabar. É só esperar o despertador tocar anunciando o dia de amanhã.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Uma mulher, simplesmente

Sexo frágil?
Não.
Melhor? Pior?
Não.
Apenas sexo feminino.
Mulher não é superior ao homem. Não é inferior nem igual.
Diferente também não, só tem as diferenças.
Mulher é mulher. E eu sou mulher, não sou vítima, não sou heroína.
Não quero os mesmos direitos que os homens, não quero igualdade entre os sexos. Quero os meus direitos. E a igualdade, só enquanto cidadã.
Sou uma pessoa que possui limitações como qualquer outra, e isso não tem nada a ver com o meu sexo, tem a ver com minha humanidade.
Quero ser respeitada pelo o que sou e pelo o que faço, quero o meu espaço com meus erros e acertos, vantagens e dores, ônus e bônus.
Não sou feminista nem mesmo feminina. Eu sou eu, alma limpa, coração aberto, estampo no rosto um blush, rímel e batom vermelho acompanhado de um belo sorriso. Não sou uma bandeira a ser levantada, nem ideologia a ser seguida, sou um ser humano.
Não quero o casamento para redimir minhas loucuras de juventude, nem a maternidade para macular a minha imagem. Quero respeito pelo meu passado, presente e futuro. É claro que não sou a favor das rugas, mas quero as marcas das experiências que vivi.
Não quero um dia internacional para ser lembrada, e muito menos, que isso seja uma desculpa para receber flores ou homenagens. Não me importo de ser alvo de piadinhas machistas, eu não me reconheço em nenhuma delas.
Não importa se eu me sustento ou se sou sustentada, importa se sou feliz com minhas escolhas. A atualidade não vai me dizer como devo ser.
Não quero rótulos hipócritas da "modernidade", ela não vai ditar o comportamento que devo adotar. Eu não tenho que ser tudo, arrumar tempo para tudo, ser boa em tudo e nem fazer, ao mesmo tempo, tudo.
Que se dane a "mãe-tempo-integral", que se dane a "esposa-dedicada", que se dane a "ótima-profissional".
Não sou títulos. Sou as marcas que carrego, sou as dores que sofri. Sou sorriso, choro e pecados cometidos. Sou as boas ações que fiz, sou aquilo que desejo, sonho, erotizo, vivo e realizo.
Sou o que escolhi ser, do jeitinho que quero e posso ser.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Amiga Solidão

A solidão chama meu nome.
Eu abro os braços para ela como quem reencontra uma velha e querida amiga.
Um abraço.
Nele, ela me traz um inesperado conforto, e estranhamente sinto uma paz em meu peito.
Esperava dela todas as dores,
e toda a falta de amores,
e ela, surpreendentemente, sossega minha alma,
traz uma calmaria que jamais esperava encontrar.
A solidão me alforria de tudo que não quero ver, de tudo que não quero ouvir.
Ela me diz que o meu mundo pode ser diferente, pode ser mais bonito.
E então, ela me dá uma tela
e aquarelas,
e pede para que eu o pinte.
Aconselhada pela solidão,
eu pendurei uma tabuleta na porta da minha casa,
nela escrevi: "Proibido entrada de pessoas estranhas ao meu amor."
Vivo hoje um isolamento desejado,
vivo meu eu intensamente só meu.
A solidão me despiu dos trapos que eu carregava na alma,
ela mostrou-me ao espelho, e eu sorri com o que vi.
A liberdade é minha veste nova
e me fez mudar,
e me fez me escutar,
e me fez me ver,
e o azul dos meus olhos agora está ainda mais azul.
Hoje sou livre, liberta, libertária e até libertina ás vezes...
Estou livre o suficiente de mim, para mim, por mim.
A liberdade de que preciso só a solidão pode me dar.
Caminhando livre e só, vou encontrar a felicidade,
e ela vai me abrir os braços como quem reencontra uma velha e querida amiga.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Eu quero fogo

Eu quero o fogo!
Para reacender a chama que, dentro de mim, está se apagando.
Eu quero o fogo!
Para iluminar meu caminho que está escurecendo.
Eu quero o fogo!
Para reaquecer os sentimentos bons que, em mim, estão esfriando.
Eu quero o fogo!
Para queimar todo o desânimo que, em meus dias, estão se instalando.

Quero, do fogo, força, luz e calor
Que me ajudem a sarar a minha dor.
Quero, do fogo, vida, cor, vivacidade
que dissipem minha tempestade.
Sim, eu quero o fogo.
Mas não para entregar-me a ele,
Não quero ver-me em cinzas.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Vida (versão adaptada, por mim, da música "Vida" de Chico Buarque)

Vida, minha vida, olha o que é que eu fiz.
Deixei a fatia mais doce da vida
Na casa de um homem de vida vazia,
Mas, vida, ali, eu sei,
Eu fui infeliz.
Vida, minha vida, olha o que é que eu fiz.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Hoje e Amanhã também

Quero que hoje acabe logo.
Quero que chegue logo amanhã.
Amanhã não tem nada de especial,
Amanhã será tal como hoje,
Mas quero que hoje acabe logo para chegar amanhã.
Hoje foi maçante, foi tedioso.
Amanhã será assim também, eu sei.

Quero que sensação de "não tem nada demais",
De "ai, que chato" passe depressa,
Pelo menos por hoje.
Hoje não estou com paciência,
Hoje estou de saco cheio!
Sabe o pior?
Amanhã será assim também, eu sei.

Todos os dias têm as suas cotas de chatices,
Todas as pessoas têm suas cotas de tolerância,
Mas hoje a minha cota já esgotou.
Aliás, acho que nem acordei com essa cota hoje.
Não estou disposta ao hoje. E ao amanhã?
Vou lhe falar, talvez você não acredite,
Amanhã será assim também, eu sei.

A noite já chegou,
Mas falta muito ainda para acabar hoje.
Já chega! Sinto-me cansada,
Não tive boas novas hoje,
Não fiz nada, nada me interessou.
E de um ponto de vista muito realista eu digo,
Amanhã será assim também, eu sei.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Um bom presente

O melhor presente que você pode dar é um abraço: ele é tamanho único, e ninguém vai se importar se você quiser devolvê-lo.