segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Dois menores e MELHORES contos de fadas do mundo!



Conto de fadas para mulheres do séc. 21 - I


Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:

- Você quer casar comigo?

Ele respondeu:

- NÃO!

E a moça viveu feliz para sempre. Foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.



FIM



Conto de fadas para mulheres do séc. 21 - II

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse:

- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo.
A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...

E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava:

- Nem fo....den...do!


FIM

(Luís Fernando Veríssimo)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Soneto da dor

Á dor, já me acostumei
Sofrer não me causa espanto
Estou imune ao pranto
De tantas tristezas que passei.

Estou farta de ter esperança
À vida não peço mais nada
Não espero em pé nem sentada
Por aquilo que nunca me alcança.

A DEUS cansei de pedir
Que meu choro faça calar
E a dor não mais doer.

Então devo admitir
Que só a morte fará cessar
Essa vida de sofrer.